quinta-feira, 6 de agosto de 2009

História dos Persas


Durante a Antigüidade, a região da Mesopotâmia foi marcada por muitos conflitos. Entre essas guerras as mais importantes foram a dominação dos persas sobre o Império Babilônico, em 539 a.C.. Com o rei Ciro liderando, os exércitos persas deram princípio a formação de um grande Estado centralizado que dominou toda a região mesopotâmica. Depois de unificar a população, os persas ampliaram as fronteiras em direção à Lídia e às cidades gregas da Ásia menor.

A estabilidade das conquistas de Ciro foi possível mediante uma política de respeito aos costumes das populações conquistadas. Cambises, filho e sucessor de Ciro, contunuou o processo de ampliação dos territórios persas. Em 525 a.C., conquistou o Egito (na Batalha de Peleusa) e anexou os territórios da Líbia. Quando Cambises faleceu, no ano de 522 a.C., deixou o trono persa sem nenhum herdeiro direto. Foi realizada uma reunião entre os principais chefes
das grandes famílias persas, e Dario I foi eleito o novo imperador persa. Em seu governo foram observadas diversas reformas políticas que fortaleceram a autoridade do imperador. Aproveitando da forte cultura militarista do povo persa, Dario I ampliou ainda mais os limites de seu reino ao conquistar as planícies do rio Indo e a Trácia. Essa seqüência de conquistas militares só foi interrompida em 490 a.C., quando os gregos venceram a Batalha de Maratona.

A grande extensão dos domínios persas era um grande obstáculo para a
administração imperial. Devida a essa situação, o rei Dario I promoveu um processo de descentralização administrativa ao dividir os territórios em unidades menores chamadas de satrapias. Em cada uma delas um sátrapa (uma espécie de governante local) era responsável pela arrecadação de impostos e o desenvolvimento das atividades econômicas. Para fiscalizar os sátrapas o rei contava com o apoio de funcionários públicos que serviam como “olhos e ouvidos” do rei.

Além de contar com essas medidas de cunho político, o Império Persa garantiu sua superioridade por meio da construção de diversas estradas. Ao mesmo tempo em que a rede de estradas garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também servia de apoio no desenvolvimento das atividades comerciais. As trocas comerciais, a partir do governo de Dario I, passou por um breve período de monetarização com a criação de uma nova moeda, o dárico.
Os persas também estabeleceram uma política econômica uniforme em seu domínio. E as atividades que eram praticadas eram variadas, como: agricultura, pecuária, artesanato, mineração e metalurgia. Também instituíram impostos. A sociedade era formada por nobreza, militares e burocratas, servos e escravos

A religião persa, no início, era caracterizada pelo seu caráter eminentemente politeísta. No entanto, entre os séculos VII e VI a.C., o profeta Zoroastro empreendeu uma nova concepção religiosa entre os persas. O pensamento religioso de Zoroastro negava as percepções ritualísticas encontradas nas demais crenças dos povos mesopotâmicos. Ao invés disso, acreditava que o posicionamento religioso do indivíduo consistia na escolha entre o bem e o mal.